terça-feira, 25 de março de 2014

O dono do curso



Certo dia, um garoto lá pelos seus 11 anos teve um desentendimento com sua professora do curso de inglês.

Ele, entediado porque era obrigado a fazer o curso, queria sair um pouco da sala para passear e teve a grande ideia de pedir para ir ao banheiro.

Levantou o dedo e continuou com o dedo levantado, pois a professora estava ocupada atendendo outro aluno.

Quando finalmente foi atendido, pediu para ir ao banheiro, levantou e no caminho para a porta, disse:

"Tava me vendo não? Parece que eu sou invisível." Sim, e com aquela cara de mau.

A professora, sentindo que sua autoridade tinha sido posta à prova, limitou-se a dizer que o tal aluno ficaria em sala para conversar depois do horário.

A conversa nunca aconteceu.

Ao final da aula, o aluno que não tinha ido nem um pouco com a cara da professora nova e tinha gostado menos ainda dela quando ela começou a usar cantoras pop como exemplo de tudo foi na secretaria e deixou o seguinte recado na caixinha de sugestões:

"A professora nova é muito chata."

Não sei o que aconteceu com ela, mas na aula seguinte ela não era mais nossa professora e eu nunca mais a vi.

Se eu tivesse a oportunidade de vê-la novamente, eu a pediria perdão. O mais sincero.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Eu quero é rock!

Pensando sobre o rock.

Quando eu penso em rock, me vem uma ideia de rebeldia, de lutar contra o usual, quebrar as barreiras da mesmice.

Já começou assim lá na época de Chuck Berry com algo novo. Um novo ritmo que acabou conquistando o público branco. Daí vieram várias vertentes, mas todas elas renunciando o que era imposto, sempre criando um novo jeito de se vestir, um estilo de vida, um novo ideal. Todas foram revoluções. Do punk ao hippie.

E todas elas sofreram preconceito de alguma forma.
Mas não mais.

Hoje em dia o rock virou um grande negócio.

Pense no Rock in Rio. milhões investidos, milhões de lucro, milhões e milhões.

E onde está a ideologia? Onde está o espírito?
As empresas faturam absurdos escravizando uma ideologia criada por pessoas que eram exatamente contra isso. A capitalização.

Grande covardia.

O pior é ver uma perua burguesa vestindo uma camisa do AC/DC.

(tá certo, ela pode ser fã. mas eu duvido.)

Mesmo não a usando como exemplo, todos nós conhecemos alguma menina que tem uma camisa do nirvana ou do ramones mas não faz ideia do que essas bandas representam pro movimento.

As lojas vendem camisas vazias para pessoas vazias e consumistas. Nunca se vendeu tanto a imagem de roqueiro, de rebelde. Isso vai muito além de camisa. As pessoas querem comprar atitude.

Então eu gostaria que você, que compra uma camisa de banda só porque achou bonitinha, fosse tomar no cu. Eu tenho nojo de você.