sábado, 30 de junho de 2012

Mas que azar.

Então o professor de teoria literária da UFRJ tinha passado um trabalho simples:
Responder 3 perguntas.
Que eu não respondi.

Cheguei na aula do mesmo jeito de sempre.

O professor olhou aquela turma de mais de 40 alunos e perguntou quem seria o primeiro a responder as perguntas.

Como ninguém se prontificou a ser o primeiro, ele disse que iria escolher o voluntário.

Nessa hora eu pensava:

"cara, se alguém que fez se voluntariar, ele não vai ter que escolher alguém que não fez."

Ninguém se voluntariou e ele decidiu escolher alguém.

Logo eu. Que não tinha feito.

Depois te ter olhado a turma, ele olhou diretamente nos meus olhos e disse:

- Você. Você fez?

- Não, não fiz não.

- Mas que azar, heim...  Diante de uma turma de mais de 50 alunos eu escolhi logo você que não fez.

- Pois é.. Eu também acho. Muito Azar...

Risadas espalhadas pela classe.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Mas que saco, heim...

Sério,

Você vai ao supermercado e coloca todas as coisas que você precisa no carrinho.
Vai em direção ao caixa, e enquanto se prepara para pagar você é informado que não receberá sacolas plásticas.
Nesse momento surge uma grande dúvida na sua cabeça:
"- Como eu vou levar as compras?"

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Sério que estão preocupados com a quantidade de plástico que está sendo jogada pelo planeta e que demoram anos e anos para se decompor?

Ou teria a proibição do uso da sacola de plástico outro motivo de existência?

Vamos imaginar a quantidade de plástico em embalagens de produtos que estão à venda.

Por que não substituir o material dessas embalagens?

Acho que geraria transtornos bem menores aos consumidores do que tirar a ferramenta de transporte.


domingo, 17 de junho de 2012

Morte em vida


Foi então neste dia que ele percebeu:
Antes, a vida escorria pelas suas mãos lentamente.
E quando mais ele precisou, ela não estava mais lá. Estava escapando cada vez mais rápido.
Estava morrendo.
Bem antes de ter cumprido sua missão.

E o cheiro? Ah.. O cheiro...
Era cheiro de gasolina. Pura gasolina.

Ele já sentia com 17 anos que estava tudo pesado demais.
Que o ar estava denso demais e que seu pulmão já não funcionava.
Que o mundo inteiro era demais e que seu cérebro não conseguia absorver mais.
Nem muito menos produzir.
O coração? Totalmente fora de ritmo. Lutava para manter-se em funcionamento.
Era só questão de tempo até sua falência.

E ele era simplesmente mais um escravo. Escravo de seus próprios prazeres.
A morte já sabia disso há tempos. Apenas soube ser paciente.

Com isso, sentiu raiva, ódio, não conseguia relaxar. Sentia dor.
Dor que lhe foi dada. Uma dádiva. Mais um destino desviado e derrotado.
Ele se perguntava quem era o vencedor. 
Se existia um vencedor, quem era o perdedor...
Não sabia se isso tinha importância no fim de tudo.

Não o culpo. Você sabe o que tem importância?

Não tinha mais força, vontade ou energia.
Estava morto dentro de si. 










quarta-feira, 13 de junho de 2012

O palco

Um personagem é tudo que somos.
Entre sonos ou sonhos.
Sonhos saboreados em tão sofridos planos.

Planos que mudam a cada dia.
Um novo personagem a cada esquina.
Sempre procurando exercer apenas um papel,
enquanto foge de um para o outro.

Inútil tentativa sem freio.
Toda uma vida sem olhar para dentro.
Uma alma viva, sufocada...
Pelo pensamento alheio.

Não se pode talvez, ouvir sua voz interior.
Para terror de quem lhe fez.
Já adormecido pelo partir de seu próprio calor pueril.

Vil devastação!

Não resistiremos, nem tão pouco podemos fugir de nosso pior inimigo.
Tampouco de nós mesmos.

Sorrir antes de morto.
Talvez seja a pior morte.
O corte no próprio corpo.

Faltam me Pontos e sinais para expressar o que eu tento deixar para trás.